02 novembro, 2011

Lara, a nova fofa do pedaço.

A menina veio no dia 17 de Outubro, com jeito de quem tem algo a dizer.Agora, duas semanas depois, ostentando uma barriguinha de quem mama valendo e dobrinhas nas pernas que acomodam o ganho de peso, seus olhinhos curiosos fixam tudo com serenidade e determinação. Pois é. Ela está absorvendo o mundo, enquanto boceja ou reclama que é hora - de novo! - de mamar.
O Theo, mano véio, administra a ciumeira como pode. Abraça a baixinha, dá beijinho na cabeça, reclama que ela "não sabe falar"... e briga com mamãe e papai porque estão dando muita atenção a ela. Isso passa...
A casa gira em torno da recém-chegada - e parece que ela sabe disso. Coisa mais linda, ela enrola seus dedinhos compridos no dedo do vovô, e amarra o coração dele pra sempre!
Nossa quinta neta já tem lugar próprio na família. Agora é acompanhá-le pra ver no que vai dar!





03 outubro, 2011

Chegou Francisco!

Registro necessário: chegou ao mundão-Terra o jovem Francisco, xará de boa cepa e firme na mamada, antecipando grandes realizações.
Tranquilo como o pai e bonito como a mãe, só levanta a voz quando algo incomoda e observa - com olhinhos que ainda estão se acostumando ao que vêem - os arredores, atentamente.
No banho, é o peixe, à vontade, curtindo a água morna e a pele livre. Leva jeito de que vai gostar do mar - para alegria da Miss Mamãe e do Papai Gatão.
Os olhos? Curiosos, é verdade... mas a cor ainda não se definiu. Detalhe menor para alguém que precisa aprender o mundo.
Você está em boas mãos, Francisco. Escolheu bem teus pais, e estou certo de que será um garoto feliz!
Daqui do alto da serra posso antever você correndo pela praia, com tua sunguinha e um boné, para buscar mais água com teu baldinho - e jogar tudo no castelinho de areia que teu pai está tentando fazer contigo!

30 março, 2011

Um aniversário e uma morte

29 de Março, 2011 - Comemoramos os 318 anos de Curitiba, nossa casa há mais de quarenta anos. Tudo discreto, bem do jeito da cidade. Um lindo número "318", grande, colorido, em diversos pontos de ônibus, e as cerimônias de praxe nos ambientes oficiais...

O Alexandre nos levou - ao Alcebíades e a mim - ao aeroporto para nossa ida a São Paulo. Tudo normal, sem incidentes. Chegamos ao hotel, em frente a Congonhas e começamos a trabalhar. E, no começo da tarde, a notícia: José Alencar, nosso ex-VP, havia falecido! Seus 14 anos de luta contra o câncer, as 17 cirurgias, os tratamentos alternativos, tudo havia chegado ao fim. Finalmente.

A festa de aniversário de Curitiba ficou marcada pela tristeza dessa partida. Alencar deixou uma imagem de otimismo, de garra, de destemor diante das dificuldades - e foi um dos políticos que conseguiu atravessar os oito anos de Lula praticamente incólume, livre da nódoa de corrupção e desmandos que manchou grande parte dos líderes desse governo.

Sua candidez ao criticar os altos juros praticados no Brasil era a voz dos que engolem sua indignação diante dos abusos do sistema financeiro nacional - e seu jeito simples de dizer as coisas chegava diretamente ao coração dos brasileiros.

Agora pela manhã, da janela do meu apartamento no hotel, de frente para Congonhas, pude ver os cinco helicópteros parados no céu, acima da pista, enquanto o caixão dele era colocado no cargueiro da FAB que o levaria a Brasília, enquanto a TV transmitia as imagens desse traslado. E agora vejo seu corpo, envolto na bandeira nacional, chegando ao Palácio do Planalto, a bordo de um caminhão de bombeiros...

O aniversário de Curitiba já se foi, marcando o calendário, mais uma vez, em direção ao futuro. Cidades vivem para muito além de nossa curta existência... José Alencar, sob a salva de 21 tiros e os aplausos do povo, sobe a rampa do palácio para receber as últimas homenagens de seus concidadãos, antes de poder descansar em paz e entrar para a História. Seus quase 80 anos de vida se encerram com dignidade - e sem qualquer sinal da desonra que ele fazia questão de evitar.

Esperemos que muitos brasileiros busquem nele um modelo de vida - principalmente os que lideram nosso país.

06 fevereiro, 2011

Reflexões em San José de Costa Rica

Cá estou, sentado no hotel, numa semana em que tudo ocorreu depressa: fui tratar de assuntos no Rio e de repente estava voando para a América Central. O assunto é uma reunião com um grupo empresarial que pretende fazer negócios no Brasil, e alguns membros da equipe me esperavam na chegada. Hotel legal, pessoal legal.

Nos dois primeiros dias nos conhecemos, conversamos sobre tudo, aguardando a chegada do resto do pessoal - inclusive a chefia. Tudo convergindo para o sábado... e veio a nevasca no Norte dos EUA e da Europa, e muitos vôos foram cancelados e eles não conseguiram embarcar. Transfere tudo para domingo à tarde ou segunda. Paciência...

Pude descansar, apesar das 4 horas de defasagem, e atualizar muita coisa pendente no correio. Preparei documentos e falei com o pessoal no Brasil. O tal do VoIP é uma beleza!

Dei umas voltas para conhecer os arredores: a cidade é baixa, quase não há edifícios altos, e há muito verde. O jeitão é provinciano, tipo cidade do interior, mesmo, meio à vontade, devagar. Estamos cercados por montanhas, num planalto a 1200 metros acima do nível do mar, e há um vulcão logo ali, entre os picos do Sul. Dizem que ao subir no vulcão a gente vê os dois oceanos, lá de cima!

Estou animado com o andar da carruagem - pra falar dos negócios que me trouxeram aqui. Os sinais são positivos, os detalhes têm se encaixado, a intuição está serena. Os pequenos desajustes fazem sentido, não é nada esquisito... Parece que estamos no bom caminho. Assim que conhecer o resto da equipe, inclusive o comandante, espero "fechar" a avaliação do grupo e botar mãos à obra.

Se Deus continuar iluminando o caminho, volto para o Brasil com uma solução para nossos problemas!