11 novembro, 2008

Theo já anda no pedaço!

Pois é. Ele demorou a chegar, fez toda uma cena, mas no dia 14 de Setembro saiu do camarim e veio ao palco mostrar o que sabe. E taí, enrolado nas suas mantas, bonézão na cuca, olhinhos curiosos examinando o mundo - entre uma mamada e outra. De resto, dorme bastante, como é esperado, e ri bonitinho quando reconhece uma pessoa. Pelo menos, é a impressão que dá...
A mamãe Úli já pegou o jeitão de lidar com o Theo - agora, por exemplo, aprendeu a carregá-lo numa manta enrolada ao redor do corpo, no melhor estilo sioux-kranhã-karore - e não há problemas para levar o jovem para passeios fora das muralhas do castelo.
Esse pico-pico já está no pedaço. Consquistando corações com seu sorrisozinho tímido, que vai se abrindo à medida que os olhinhos se apertam, e as mãozinhas abanando em busca de algo que só ele vê!
Meu coração bate diferente quando ele está no colo, e só de pensar em tudo o que a gente ainda vai compartilhar fico emocionado. "Avô babão" não é um rótulo suficientemente rico para descrever o estado em que a gente se põe quando lida com um tatuchinho desses... Boto fé na Vida e deixo rolar. Assim como foi com o Pedro, a evolução do Theo vai enriquecer esta família!!

03 outubro, 2008

Pedro e o visitante

Nesta semana tivemos a visita do Charles Eldering, da Filadélfia, EUA, que veio a Curitiba discutir investimentos e negócios.
Na segunda-feira, ele nos convidou para jantar, e o Pedro foi junto... Como o Charles fala um pouco de Português, perguntou ao Pedro - na presença do papai Ale, da vovó Ana e do vovô Chico - "Quem é que trata você melhor: os seus papais ou seus avós?"
Ele baixou os olhinhos, num silêncio de dois segundos, e respondeu: "Nessa você me pegou...", com um sorriso.

27 setembro, 2008

Cresce o clã


No dia 14, um domingo de manhã, o Theo chegou - forte e sereno. A cesariana foi necessária, o que manteve a ele e à sua nave-mãe na maternidade até a terça-feira. Papai Cláudio ficou de plantão o tempo todo - e voltaram para casa como uma nova família!
Chegar ao mundão aqui fora - usando por referência o útero, "lá dentro" - sempre foi assustador, para todos nós que nascemos, um dia. As luzes, as texturas, os sons e cheiros, tudo isso obriga esse cérebro virgem a fazer milhões de sinapses, sem saber direito em que direção, tentando achar sentido, padrões, formas que se repetem, atos que têm conseqüências, porque a dor da fome ou da cólica precisa ser evitada - e a gente precisa sobreviver.
Somos protegidos - graças a Deus, temos uma família que nos ama e cuida - e as coisas básicas acontecem, mas logo precisamos nos relacionar com esse pessoal, reconhecer quem é quem e o que eles querem da gente!
E os pequeninos que nascem de qualquer jeito, que são rejeitados ou abandonados?
Chegar ao mundão aqui fora sempre foi assustador, mas deve ser muito pior para eles. Os amados, como o Theo, terão a chance de aprender o amor, a compaixão e a segurança, e espero que ele seja saudável, capaz e feliz! Mas neste momento também penso em alguém que nasceu nesse mesmo domingo e que terá uma parada dura pela frente.
Peço ao Universo uma graça para esse outro "tatuchinho", para que ele tenha a sua chance de crescer e aprender, porque, de algum modo, ele viverá no mesmo mundão do Theo. E se ambos se encontrarem, no futuro, que saibam reconhecer-se como irmãos - e não se odeiem por terem tido berços diferentes.

07 setembro, 2008

Theo na reta de chegada!


As 40 semanas da Úli "fecharam" no dia 5 de Setembro, e o Theo não pintou... Quem sabe a data foi mal calculada? Ou o jovem ainda está arrumando os "finalmentes" antes de sair? Ou vem com o jeitão "tronco de enchente", "barranqueando" ao longo do caminho, parando em cada esquina para cumprimentar alguém?
O certo é que a Mãe Natureza sabe o que faz. Daqui a pouco dá os cinco minutos e tudo acontece! Na terça-feira, dia 9, tem nova consulta, quando a médica vai discutir o próximo passo e, quem sabe, propor um pouco de indução...
Daqui a pouco, no entanto, a gente vai ter essa nova figura por aqui, e toda essa ansiedade terá passado.
Tá tudo pronto - quarto, enxoval, carrinho, coração - para uma chegada em grande estilo, e ele vai entrar no mundão muito bem recebido, com direito a bandeirinha e banda de música!
Se depender de avós, vai estar equipado - o Pedro que o diga. Tudo o que a gente pede a Deus é que ele venha bem, que chegue sereno e inteiro e que se adapte depressa às luzes, aos sons, às roupas (sempre raspam essa pele tão delicada) e à comida. A lanchonete Mamãe tem um cardápio meio curto, mas o rango será de qualidade!
Estamos na tua espera, tatucho. A gente não sai do aeroporto enquanto o teu avião não aterrissar!!

05 agosto, 2008

Um Julho diferente, com fecho de ouro!

Julho passou voando. Uma viagem a serviço a Brasília - e o resto do tempo trabalhando em Curitiba, lidando com e-mails, ajustes no projeto dos e-mails registrados e do Imobcred, etc. E aí, no dia 14, chegou a Gláucia, de Brasília, trazendo o vô Nino!
Ela aterrisou em nossa casa, muito pra contar, alegria geral - e começou a maratona de visitas, começando com a chegada da Cris (do Leo) e a viagem delas a Jaraguá para o casamento da Agnes & Paulo (sobrinha de Prudentópolis).
Alguns dias depois, ei-la de volta - grande companheira, integrou-se ligeiro na vida da casa, o Pedro "grudou" nela - e vieram os encontros da "tchurma" do Espaço & Tempo: a sopa de vinagre no Hwa Kuo, o rodízio de pizza, o pirogue no Sérgio & Heloísa...

Na 5a feira, 31, saímos cedo: Gláucia, Arlete, Pedro, Ana e eu.Destino: Pitanga, interior do Paraná, 84km ao norte de Guarapuava. Meta: Visitar os parentes da Gláucia (Tia Otília e família). Visitamos a chácara (onde o Pedrinho colheu seu primeiro ovo de galinha posto no mato), e já no dia seguinte andamos de kart (Pedrinho entusiasmado com a aceleração na reta!) e fomos a Boaventura de São Roque, perto dali, onde a Gláucia nasceu - e voltou para plantar pinhões à beira do rio e da estrada...
Naquela noite chegamos a Prudentópolis, no caminho de volta, para visitar o Dionísio, a Inês e família. Levamos o Sérgio e a Heloísa, após o encontro no hotel. Lanche em família, atualização do papo e cama.
No sábado de manhã, visitamos cachoeiras - e a de São João foi o impacto do dia!! Pedrinho usou suas botas, andou no mato e no barro, e fizemos fotos lindas!



À tarde visitamos a granja do Dionísio, que nos impressionou com a enorme criação de porcos e a sua nova fábrica de embutidos - tiro o chapéu ao seu trabalho duro e disciplinado, que construiu tudo a partir de zero!
No domingo, após visitar a Tia Joana, almoçamos um delicioso cabrito assado e cantamos o parabéns para o Luiz Otávio, 3 anos, neto deles e companheirão do avô Dionísio no trato dos porcos... E voltamos para casa trazendo um sortimento de defumados, além de um doce de abóbora simplesmente divino, feito pela Inês!
Viagem maravilhosa, que nos trouxe de volta a um Agosto de muito trabalho pela frente!

01 julho, 2008

Sábado litúrgico com o Pedro

De repente me dei conta que o último post foi em Março!! É que neste sábado o Pedro acordou em casa, a Ana tinha saído para atender seu pessoal no Espaço & Tempo e eu o levei comigo à minha sessão de fisioterapia (o ombro direito com tendinite).
Depois, já no posto onde fomos abastecer o carro, ele pediu um ovo dos Simpsons - aqueles com brinde e balinhas e adesivos dentro. A caminho da lavanderia, ele descolou a etiqueta do código de barras que havia no ovo de plástico e a enrolou na ponta do indicador - e me pediu para "ler o que está escrito aqui".
Expliquei que aquilo eram "números" que só computador pode ler, mas ele disse para eu ler "de faz de conta"... Então eu li algo como "o dono deste dedo é o tatucho do vovô". Ele sorriu, mas disse que não era isso o que estava escrito. "Então, o que é que está escrito, Pedro?" Ele foi apontando com o outro dedo, à medida que "lia": "Jesus ajudou uma pessoa"!!
Logo em seguida o assunto da conversa mudou para o batismo do Bernardo, primo dele, ocorrido no domingo anterior. O Pedro disse que devia ser "legal" ser batizado, e que ele também queria fazer isso. Mas perguntou: "o que acontece quando a gente é batizado?", e eu respondi que a gente vira cristão e fica mais perto de Jesus...
"Então o Bernardo virou cristinho, né, vovô?" :)
Ainda acho que esse meu neto vai virar Monsenhor...

31 março, 2008

Março - mês automobilístico!

Pois é. Lá se foi mais um mês, no batidão do trabalho. Só que este mês a gente fez um lance legal: vendemos a velha e querida Quantum 87 para juntar a grana com a Uli e o Cláudio (que venderam o Corsinha cansado deles) e compramos uma Corsa Wagon 98, em ótimo estado, para garantir maior segurança e espaço ao menininho que vem aí!
A Ana e eu ficamos com o fiel Fusca, até segunda ordem, e o acordo de compartilhamento do carrinho novo nos fins de semana...
Mas - e este é um "mas" cheio de sincronicidades do Universo - o gerente do banco me avisou (assim, de repente) que eu tinha um "leasing" à disposição para comprar outro carro!
Estudada a oportunidade e feitas as contas, eis que surge uma Escort SW, modelo 2003, único dono, super conservada, no valor que podíamos financiar. Foram dez dias de negociações e ajustes de papelada - e o novo carro está em casa. Vamos pagar um "aluguel" durante alguns anos para usá-lo, é claro, mas estamos motorizados.
Este mês também foi o primeiro do meu novo contrato com os italianos da DemanioRE, para a divulgação do portal de negócios deles no Brasil, o que trouxe um fôlego financeiro...
Mês bom. Mudanças positivas. Neto número dois é menino. Que Deus continue nos abençoando - particularmente ao novo tatucho da família, que vem aí!!

05 fevereiro, 2008

Novidades no front

O final de ano foi conturbado, galera. Estive em Los Angeles, em Novembro, para o centenário da NAR (a associação dos corretores de imóveis americana) e conheci os cassinos e o desbunde em torno da fantasia que eles criaram naquela cidade, onde tudo é artificial. É um grande parque de diversões...
As festas de fim de ano foram magras, materialmente falando, mas legais do ponto de vista familiar. Ambiente bom na ceia de Natal, em casa, e na casa de praia, para o ano Novo - onde a Ana, a Marilde e o Pedro ficaram direto, para passar o mês de Janeiro por lá. O baixinho tem sido a alegria da casa e seu jeito curioso, atento e participante fazem dele uma presença muito amada. Grande garotinho!
E aí, na 2a feira, dia 14, à noitinha, estando eu posto em sossego em casa (a casa vazia, com todos na praia), me chegam a Úli e o Cláudio com um papel na mão e uma garrafa de champagne na outra: acabavam de confirmar sua gravidez!!!! Um(a) segundo(a) neto(a)!!!! O vovô babão aqui se emocionou, é claro, e não sabia como abraçá-los mais forte para compartilhar minha alegria. Bebemos a garrafa (guardei a rolha) e começamos a avisar todo mundo. Eles foram pra casa... e eu levei um tempão para conseguir adormecer, pensando em como será essa nova pessoinha que vem aí - e que minha intuição me diz ser uma menininha!

Corrupção - tem a ver conosco

A corrupção está aí, no meio de todos nós. Porém o governo reflete seus governados – nós é que o colocamos onde está. Não adianta apontar o erro dos outros com o dedo sujo...

É no dia-a-dia que exercemos nossas crenças e valores. Ao aceitar favores “estranhos” – aqueles que nos obrigam a fazer vista grossa sobre algo que sabemos errado -, ao usarmos um telefone alheio, gerando custos que seriam nossos, ao procurar um jeitinho com o contador para esconder uma receita e evitar pagar impostos, ao apresentar uma nota de despesa que não ocorreu, ao inventar uma reunião de negócios para disfarçar um encontro particular, etc., estamos sendo parte disso que aí está – e que tanto nos incomoda.

Dizem que a gente se irrita com as coisas que os outros fazem igual que a gente. Se eu me incomodo porque você fala demais, certamente preciso examinar se EU também não falo demais... Dizem também (cinicamente) que “uma negociata é um bom negócio do qual não faço parte”, ou seja, se eu fosse sócio daquilo estaria “numa boa”, me achando muito esperto.

Quem sabe como a gente se comportaria se estivesse do outro lado? Será que o Lula é tão diferente de todos nós?

Na minha modesta opinião, há que se fazer um exame de consciência individual e listar os valores e as crenças que orientam nossas decisões, no dia-a-dia.

Se a verdade é algo importante para mim, preciso decidir que vou evitar a mentira. Qualquer mentira, mesmo a “mentira inocente”, precisa ser contida. E se eu não puder falar a verdade, em determinada ocasião, pelo menos devo ter CONSCIÊNCIA daquilo que estou fazendo, e minimizar o estrago.

Se a honestidade é importante para mim, devo aceitar pagar os preços por aquilo que desejo, porque tudo tem um preço na vida. O preço pode ser em dinheiro, pode ser na forma de um favor retribuído, no tempo investido ou num trabalho específico. Mas meu orgulho deve estar em não usar – indevidamente – o que não é meu, em respeitar o que é do outro como se fosse meu. E se eu cometer um deslize, devo estar CONSCIENTE do que fiz, e me propor a não deixar que aconteça de novo.

Se a perseverança é um valor para mim, devo lutar contra a minha preguiça e fazer o que me propus a fazer, mesmo que isso me custe o conforto daquela hora. Esperar que outra pessoa fizesse a minha tarefa seria me diminuir, aceitar minha fraqueza, jogar no time das “vítimas”, dos dependentes, e perder mais uma chance de crescer e fortalecer minha auto-estima. Se eu falhar, porém, devo ter CONSCIÊNCIA do fato – e devo renovar minha determinação em perseguir o que é certo.

Esse caminho é árduo. Não há soluções fáceis, nem receitas “instantâneas”. O Brasil só vai se consertar começando pela base – que somos todos nós. Quando muitos pautarem suas vidas pessoais pela ética e fizerem o caminho correto – onde o "colher" vem depois do "plantar e cultivar" -, teremos representantes semelhantes e será possível eleger pessoas com visão coletiva, voltada para os problemas do país e com a compaixão necessária para colocar-se em segundo plano, capaz de voltar suas energias para trabalhar em prol dos outros.

Um político, um governante, um estadista deve ser uma pessoa “maior”, desapegada de si e voltada à comunidade, a quem deve servir com empatia e dedicação. Sua vocação, sua missão na vida deve ser viver o bem coletivo - seu bem estar pessoal será reflexo natural de seu bom trabalho, sem precisar tornar-se milionário por isso. O dinheiro público tem dono, sim - e precisa ser respeitado como tal.

Formar pessoas assim e elevá-las aos cargos da coordenação nacional é um processo que deve ser começado já – dentro de nós.