23 agosto, 2007

Mais um pato no "apagão" aéreo...















Pois é... a gente olha a notícia na TV e diz "mas veja só, que coisa!" e "é muita incompetência desse governo...!" e otras cositas más. Mas tá sentado na poltrona, em casa e a coisa fica por aí. Só que dessa vez eu estava em Sampa, a trabalho, e terminei meu expediente cedo. Vôo para Curitiba marcado às 19h10, pela GOL. Cheguei em Congonhas às 17h10 - duas horas adiantado - beleza! Um cafezinho, um pouco de notebook para enviar um e-mail urgente, e a hora chegando... E passando! Achei alguém da empresa e soube que "o teto do aeroporto está baixo" - dito e feito: Congonhas fechou às 20h15! Porque o avião não estava lá no horário? Ninguém explica - e a gente fica preso em Sampa: vôo cancelado. Correria, confusão, 600 pessoas correndo para os guichês de check-in, lá embaixo, para remarcar para amanhã, forma-se uma fila macrométrica - e espera. Alguém conta uma piada. Espera...Outra piada. Espera...
Depois de uma hora e meia, chegando perto do balcão, vem um funcionário da GOL e nos diz que "essa fila está cancelada, vocês precisam ir para o final da outra!" Esse cara - que gosta de viver perigosamente - só se safou porque correu... Invadi um guichê que estava abrindo e consegui meu ticket - sem direito a taxi nem hotel porque "não estou em trânsito". Um colega de fila e desdita, o Fernando, convidou-me para tentarmos um lugar no hotel onde tinha ficado - todos os que eu havia tentado estavam lotados. Esse também estava. Nem reserva técnica havia!Ele se acomodou num colchão extra, com um colega da empresa dele, e eu liguei para os Baraldi, amigos de fé, às 23h00, pedindo abrigo. Do outro lado do segundo táxi havia um abraço, um sorriso, uma sopa quente e uma cama feita me esperando! Quem tem amigos tem tudo! :)
Hoje cedo cheguei cedo a Congonhas, tempo lindo, tudo dez. Avião no placar, prometendo cumprir o horário: 9h15. E nada... Surge de novo a palavra que todos querem evitar: "atrasado". O funcionário explica que a aeronave foi levada a Campinas, ontem à noite, e ainda não recebeu o OK para voltar... Espera. Espera...
Um outro vôo da GOL para Curitiba, o das 7h40, é chamado para embarque às 10h00. Sobram alguns lugares e meia dúzia dos "nossos" se infiltram nele.
De repente, o nosso vôo - o GLO 1222 - desaparece do painel! E agora? O Fernando está no seu micro e cuida da bagagem enquanto vou investigar. O avião saiu de Campinas, mas para cumprir o vôo 1224, para Londrina, e "já está chegando"! E o nosso??? Quando estou voltando para o meu portão, a voz celestial dos altofalantes anuncia que o 1222 está embarcando juntamente com o 1224 - em outro portão, é claro. E finalmente consegui uma poltrona a bordo, num vôo cheio como um ovo - cheguei hoje ao meio-dia a Curitiba. Cada vez mais convencido de que entregar o governo a incompetentes movidos a ideologia, ávidos por poder e determinados a colocar todos os seus cupinchas em posições de mando, mas sem nenhuma capacidade de planejamento, gerenciamento ou controle, é realmente pedir para sofrer desse jeito. Ninguém merece!!

14 agosto, 2007

Dia dos Pais

A data é comercial, inventada para vender mais, porém assim como o dia da Mães e alguns outros, vingou. Agora faz parte... E a gente curte o lance. Neste domingo, o almoço ficou por conta dos herdeiros do Seu Chico e de Dona Ana: a Úli e o Claudio trouxeram uma picanha assada na cerveja (molho divino!), o Ale e família trouxeram um pernil assado no vinho e ervas (supimpa!). Salada verde, macarrão e arroz fizeram o acompanhamento, tudo regado a um bom vinho tinto chileno. Para coroar o banquete, uma torta Minerva, obra delicada e plurisaborosa da Ana! Presentes? Nem precisava, mas ainda ganhei umas cuecas, meias de algodão e... um pacote de trufas! Foi beleza, galera. Ter minha pequena tribo reunida - além da visita da Ana Claudia + Luisa, que aprontou um monte com o Pedro - foi um momento muito especial. Lado esquerdo do peito, mesmo.

02 agosto, 2007

Album de fotos no Webshots

Aí estão algumas fotos de viagens, que coloquei no Webshots (www.webshots.com). Podem ser copiadas e/ou receber algum comentário - sempre bom para orientar a gente.

Basta clicar na foto para ampliá-la, e aí aparece a opção de ver o "slideshow", que mostra o álbum em seqüência. Espero que você goste.

30 julho, 2007

Lição de civismo

O Pedrinho estava comigo no carro e perguntou "Vovô, o que é uma vila?", porque havíamos comentado que ele mora numa rua da Vila Santa Efigênia... Expliquei que vilas ou bairros são grupos de casas dentro da cidade e que naquela hora estávamos passando por um bairro - o Centro Cívico. Mostrei o Palácio do Governo ("onde fica o chefe do Estado") e a Prefeitura ("onde fica o chefe da cidade"), e continuamos o passeio. Na volta, passando pela mesma rua, perguntei se ele se lembrava do que havia ali à direita... Sem hesitação, e do alto de seus três anos e meio, declarou: "Aquele é o Palhaço do Governador!"

27 julho, 2007

Dia de frio especial

Hoje a Edna chegou pro trabalho dizendo que em Itaperuçu a geada pegou forte. Tudo branco, com gelo grosso nas baixadas. O sol brilhando forte dizia que aquilo era exagero - mas foi preciso pulover e casaco pra sair para o trabalho! O Pedro, no escritório, contou que o balde de água que ele deixa para fora do muro, para os cahorros de rua, era um bloco de gelo!
Isso me leva à velha Curitiba de quarenta anos atrás, quando a gente saía para a escola pisando nos charcos gelados, e o branco da geada ficava na grama até perto do meio dia, nas áreas de sombra.
De tarde, após a chegada da Ana da praia, onde ela esteve por uma semana ajeitando a casa, peguei a Quantum e fui buscar o quadro do meu avô na casa de minha mãe e o pendurei na parede do escritório, ao lado de minha mesa. Mais uma pendência resolvida! E ele ficou ótimo ali, com sua pose séria, vestido de cavaleiro num casaco vermelho, testemunha de tempos outros, onde tradições, ética e humor inteligente conviviam numa boa - e sinto que ele vai influenciar o ambiente positivamente.
Uma caneca de café bem quente esquenta as mãos e o coração... e de repente me lembro do casal de moradores de rua por quem passei ontem, ao ir para o centro a pé. Dormiam na calçada, abraçados, enrolados em mantas sujas. Como terá sido a noite dessa gente?